
Translate
sábado, 28 de dezembro de 2013

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
Air Force Israel
sábado, 21 de dezembro de 2013
Judaísmo:. Escolhidos
pelo Eterno
CAMINHANDO DIANTE DE
D'US
Por meio de Abraão, há quatro mil anos, D'us fez
com o povo judeu uma Aliança que se per-petuará nos séculos.
História do povo Judeu
A história judaica inicia-se há quatro mil anos,
com estas palavras de D'us dirigidas a Abraão: "Vá para a terra que eu vou
te mostrar ... farei de ti uma grande nação ... e em ti serão benditas todas
as famílias da terra" (Gênesis 12, 1-3). E mais tarde: "Seja íntegro
e caminhe diante de D'us".
Com essas palavras são firmadas as bases do
judaísmo: A posse de uma terra, a unidade do povo e o dever não apenas de pôr
em prática a vontade de D'us e de ser íntegro, mas também de ser o arauto, o
seu porta-voz na difusão da sua palavra, caminhando diante dele para levar
benção a toda a humanidade.
Nessa benção está implícita a promessa da época
messiânica, quando, sobre a terra, reinarão a paz e a harmonia porque todos os
homens terão aceito a palavra de D'us e porão em prática o amor e a justiça
para com o próximo.
D'us estabelece com Abraão uma Aliança, prometendo
que não o abandonará, nem sua família nem sua descendência; uma Aliança que se
perpetuará de geração em geração através do ato da circuncisão, "sinal eterno
de comunhão entre os judeus e D'us", sinal do pacto entre D'us e o seu
povo.
Assim, Abraão deixa Ur, na Caldéia, para ir a uma
terra cheia de incógnitas, a terra de Canaã, habitada por povos politeístas,
apoiado numa promessa que não prevê nem riquezas nem privilégios, mas que faz
do povo judeu um povo "escolhido" por D'us para cumprir uma missão.
Como narra a tradição, Abraão rejeita os ídolos e a prática imoral dos
politeístas, para buscar um único D'us de amor e de justiça, criador de toda a
humanidade. Só que quando Abraão o procura, D'us, que é sumamente justo e não
escolhe ao acaso aquele que deve difundir a sua palavra, "desce"
para encontrá-lo e confiar-lhe a missão.
Quando Abraão morreu, o desígnio divino, através de
seus descendentes, continua a operar até mesmo durante o cativeiro no Egito.
D'us, em virtude da Aliança, vela sobre seu povo e o liberta do cruel domínio
dos faraós. Envia Moisés para livrar os judeus da escravidão e, sobre o Monte
Sinai, renova com ele a Aliança estabelecida com Abraão. E todo o povo, num
ímpeto de confiança total, grita o seu consenso: "Nós faremos (o que D'us
disse) e obedeceremos". Então, D'us deu a Moisés a Torah, o sinal da Aliança.
O povo se dispersa
Chegando à terra prometida, inicia-se a sucessão de
êxodos forçados que levarão o povo judeu a dispersar-se por todo o mundo:
inicialmente, no século VIII a.C., os assírios conduziram à escravidão dez das
doze tribos de Israel (desse primeiro exílio, provavelmente, originaram-se as
comunidades do extremo Oriente, da China e da Índia).
Dois séculos mais tarde, é a vez dos restantes, que
foram mantidos presos na Babilônia por Nabucodonosor; o Templo de Jerusalém, onde se encontrava a Arca da Aliança com as Tábuas de Moisés o decálogo, conhecido como os dez mandamentos foi destruído.
Contudo, exatamente esse será um dos períodos mais
fecundos para a vida judaica. O povo deve encontrar o modo de viver a Aliança
sem Templo, sem terra. Assim nasce o judaísmo, que não é apenas uma religião,
mas, sobretudo, um modo de viver a centralidade de D'us, graças à oração, ao
estudo, à Torá, à observância do sábado e de outras datas sagradas.
Sem o Templo, passa-se a uma vida
religiosa baseada apenas na Palavra de D'us: o culto na sinagoga, o rabino (mestre) substitui a figura do sacerdote.
Cinqüenta anos depois (538 a.C), Ciro, submetendo o
império babilônico, permite que os judeus voltem a seu país. Muitos, porém,
permanecem na Babilônia: inicia-se, assim, o fenômeno da diáspora (termo grego que significa "dispersão" e indica o fenômeno
histórico que levou os judeus a se dispersaram em todo o mundo). O Templo foi
reconstruído, mas os séculos seguintes ainda vêem os judeus sucumbir sob os
poderosos exércitos persa e macedônio (gregos).
Nessa tremenda crise, em 168 a.C, em Modin, o
sacerdote Matatias dá o sinal de revolta contra o rei da Síria, Antíoco IV,
Epífanes, que procurava helenizar a Judéia. Refugiando-se entre as montanhas,
reúne em torno de si aqueles que não aceitam o novo estado das coisas.
Depois de sua morte, a guerrilha passa a ser
dirigida por seu filho Judá, chamado macabeu, que provavelmente significa
"martelo" (esse nome, depois, foi indevidamente estendido a toda a
família). A revolta dos macabeus atravessa fases alternadas até que, com o
último filho de Matatias, Jônatas, a Judéia reconquista sua independência.
Também nos anos seguintes, o poder permanece nas
mãos da família dos macabeus que fundam a dinastia dos asmoneus, até a
intervenção de Roma em 63 a.C. A independência, então, está definitivamente
perdida e a Judéia torna-se província romana, apesar de duas tentativas de
revolta: em 70 d.C., as legiões romanas conquistam Jerusalém e destroem o
Templo..
A dispersão, intensificada com a conquista romana, leva a um fortalecimento das comunidades da diáspora, as quais, em contato com o helenismo e, mais tarde com o cristianismo, tendem a seguir uma linha religiosa menos rigorosa. Mas é o contínuo avanço do cristianismo que de-termina, num breve período de tempo, o prevalecimento da linha mais "ortodoxa" que permite conservar intactas as próprias tradições religiosas.
A dispersão, intensificada com a conquista romana, leva a um fortalecimento das comunidades da diáspora, as quais, em contato com o helenismo e, mais tarde com o cristianismo, tendem a seguir uma linha religiosa menos rigorosa. Mas é o contínuo avanço do cristianismo que de-termina, num breve período de tempo, o prevalecimento da linha mais "ortodoxa" que permite conservar intactas as próprias tradições religiosas.
Os séculos da diáspora
Os séculos da diáspora (a partir de VI d.C)
caracterizam-se por uma relativa paz para as comunidades que vivem nos países
conquistados pelos muçulmanos. Na verdade, a não ser alguns casos graves e
esporádicos, as relações com a civilização islâmica foram, em geral, boas. As
próprias comunidades judaicas partilharam o apogeu e a decadência do mundo
muçulmano. No mundo cristão, as reações foram diferentes.
Com o ano mil, declina definitivamente as escolas
babilônica e palestina e surgem na Europa, dois novos pólos de cultura judaica.
O primeiro grande centro forma-se na Espanha que se torna o berço do judaísmo sefardita e de toda uma herança cultural e espiritual que as comunidades
sefarditas então possuem. Essa idade áurea do judaismo sefardita que vai,
aproximadamente, até 1942, ano em que os judeus são expulsos da Espanha,
produz obras notáveis e revela homens excepcionais. O segundo grande centro
surge na Renania (Alemanha), que se torna o berço do judaísmo ashkenazim e caracteriza-se pela prosperidade dos
estudos rabínicos. Da Renânia vai se estender a Alemanha e ao leste da França
para chegar, no fim da Idade Média, à Europa centro-oriental, particularmente
na Polônia.
Em 1096, ano da primeira cruzada, inicia-se para os
judeus um período muito difícil: perseguições, privação dos direitos civis
mais elementares, expulsões e massacres contínuos. A barreira religiosa, por
causa da estreita conexão entre religioso e civil, traduz-se numa barreira
social, administrativa e econômica, influenciando sobre o papel do judeu na
sociedade da época. Um exemplo: a proibição aos cristãos de emprestar dinheiro
a juros faz com que os judeus se especializem nas atividades econômica e
mercantil.
Por isso se, de um lado, os judeus são apreciados
por sua indiscutível habilidade no campo econômico, de outro, são obrigados a
compensar tudo o que para os outros é reconhecido como direito (direito de
residência, de estabelecer-se numa parte da cidade, de exercer um tipo de comércio,
etc).
Nascem os guetos
Do que acima foi dito é fácil compreender como a
posição dos judeus fica instável: muitas vezes foram escorraçados de suas
casas sem nenhum motivo e seus bens confiscados. Por causa dessa precariedade
crônica, os judeus tentam reforçar os laços culturais, religiosos e
comunitários, criando bairros separados em que possam se sentir mais unidos e
prontos a defender-se de todo tipo de perigo e de provocação: nascem assim os guetos. Mas, outra vez, o poder político e religioso transforma uma escolha
voluntária em uma imposição que faz com que o gueto torne-se uma prisão
socialmente controlável, difícil de ser evitada.
Essa vida penosa e humilhante dura por muitos
séculos. Só com o Iluminismo e a Revolução Francesa ocorre, ao menos
formalmente, a equiparação dos judeus aos outros cidadãos.
Nasce o sionismo
A saída dos judeus do gueto produz, no seio do
judaísmo, fenômenos interessantes: muitos judeus, obtendo finalmente os
direitos civis, procuram todos os meios para integrar-se. Por isso, no século
XIX, muitos judeus participaram ativamente de vários movimentos de
independência nacional. Todavia, se, de um lado, essa assimilação provoca,
muitas vezes, o abandono de seu patrimônio tradicional, de outro, não acaba com
as discriminações e perseguições. É o caso da Rússia, onde os pogrom ou matança
de judeus empurram as massas à emigração, especialmente para os Estados Unidos
e contribuem para o nascimento do sionismo.
Em 1897, realiza-se na Basiléia o primeiro
Congresso Sionístico Mundial, que funda um movimento político, organizado para
a criação de um estado nacional judeu. Vinte anos depois, quando já muitos
colonos judeus provenientes da Rússia, Polônia e Lituânia, começaram a comprar
e preparar as terras incultas da Palestina, a Declaração Balfour (1917), na
qual a Inglaterra se empenha para instituir na Palestina uma sede nacional
para os judeus, torna juridicamente legítima sua aspiração de ter um estado
(um "lar judeu", ou national home).
Paralelamente à consolidação numérica e política da
comunidade judaica na Palestina (jishuv), na Europa, aparecem sinais trágicos
às vésperas da Segunda Guerra Mundial.
O drama do Shoah
Com a difusão da tempestade nazista, assiste-se a
uma verdadeira caça aos judeus, da qual poucos conseguem escapar. Ao final da
guerra, seis milhões de judeus, entre homens, mulheres e crianças, foram
exterminados nos campos de concentração. Um período que passou triste-mente
para a história com o nome de Shoah (extermínio).
Essa dramática experiência com o conseqüente
complexo de culpa das grandes potências e a constatação de todo o trabalho
desenvolvido pelos pioneiros judeus para bonificar e cultivar os terrenos antes
áridos e improdutivos, levam à declaração da ONU de 29 de novembro de 1947, com a qual se criam, na Palestina,
dois Estados: um árabe e um judeu. No dia seguinte, os árabes, que consideraram
absurda essa decisão, rejeitam-na e desencadeiam a guerra.
Em 14 de maio de 1948, David ben Gurion,
logo no começo da guerra, declara, em Tel Aviv, o nascimento do Estado de
Israel.
Características fundamentais
Até aqui, vimos como os judeus têm testemunhado sua
fidelidade à Torá, através de quatro mil anos de história. Isso foi possível,
conservando intactas suas tradições e, sobretudo, mantendo uma confiança
inabalável na própria Torá.
Vejamos agora, brevemente, em que consiste a fé do
judeu e como ele a testemunha na vida.
Existe Deus, existe um povo, existe uma Aliança: a
história desses três elementos é a história dos pressupostos doutrinais do
judaísmo.
O D'us da fé judaica é um D'us que falou a Israel
através de seus profetas. É o D'us Único que, além de ser transcendente, é
também imanente, sendo parte ativa na história e nos fatos da humanidade.
Deus estabeleceu um pacto com Israel que se
concluiu, parcialmente, com a entrega da Torá. Com esse gesto, D'us indica ao
povo judeu o meio concreto para ser-lhe fiel e aquilo que ele deseja de seu povo.
Mas, a eleição de Israel e o dom da Torá estão sempre ligados à posse da terra.
A condição para tal posse é a fidelidade à Torá.
Eis por que se chama "terra prometida":
promessa "em troca da fidelidade".
Por isso a vida tende a desenvolver-se no estudo e
na prática da Torá: com esse ensinamento, profundamente orientado para a ação,
exclui-se a idéia de mistério e de dogma; o judaísmo é uma lei de vida, mais do
que uma especulação filosófica sobre um dado revelado.
Lei de vida que se manifesta no estudo e na
observância que regulam o comportamento religioso do judeu.
Uma lei de vida
No que diz respeito à moral judaica, há uma
concepção profundamente otimista e unitária do homem, porque D'us só pode tê-lo
criado livre e responsável. Mas a relação homem-D'us pode ser rompida: isso é o
pecado, que é visto como traição, e a única condição que se impõe para o perdão
é a conversão do coração (ou Teshuva, o retorno a D'us).
São bem interessantes os capítulos da moral judaica
referentes à família, ao matrimônio, ao papel da mulher na sociedade. O que,
porém, distingue a moral judaica é a sede e fome de justiça que satisfaça as
exigências do homem.
Outro elemento essencial no judaísmo é a esperança.
Para os judeus, crer na vinda do Messias é esperar que virá um tempo chamado em
hebraico "os dias do Messias", em que reinarão a paz, a justiça e a
fraternidade. Esses dias serão uma benção para todas as nações. Jerusalém será
o centro espiritual do universo, no qual se erguerá "uma casa de oração
para todas as nações" (Isaías 56,7).
Então, cessarão todas as formas de idolatria e,
"naqueles dias, o Senhor será o único D'us e só o seu nome será
invocado" (cf. Zacarias 14,9).
O estudo da Torá é o primeiro de todos os mandamentos e vem até antes da oração. São os
pais que, principalmente, têm o dever de ensinar a Torá aos filhos.
Todo Israel - tanto os ricos como os pobres - devia
"ocupar-se da Torá" e estudá-la durante toda a vida.
Para essa atividade, o dia privilegiado é o sábado.
Os preceitos religiosos (ou mizvot) são, no total, 613, dos quais 248 positivos e 365 negativos
e provêm da Torá escrita e oral, sendo seu objetivo a santificação da vida até
em suas manifestações materiais. Exemplo disso é a Mezuzá, um estojo que é
aplicado nos batentes das portas e que contém uma faixa de pergaminho sobre o
qual estão escritos trechos da Torá, simbolizando a santificação da casa. De
fato, a Mezuzá lembra ao judeu os próprios deveres seja ao "entrar"
em casa, seja ao "sair"dela.
A vida religiosa
Para facilitar esta exposição, dividimos a vida
religiosa do judeu em três partes: as etapas da vida, as manifestações
religiosas cotidianas e as várias festas do ano.
1 - As etapas da vida
O nascimento e a circuncisão: o nascimento de uma criança é uma grande alegria e representa também
uma obediência a um mandamento. Se a criança é um menino, ele é circuncidado no
oitavo após o nascimento. Esse sinal na carne faz com que ele entre na Aliança
de Abraão e na comunidade de Israel.
A cerimônia do Bar Mitsvah: aos 13 anos, o rapaz entra na maioridade religiosa. A partir desse
momento, o judeu torna-se membro da comunidade e está sujeito aos direitos e
deveres religiosos e sociais derivados da Torá.
O casamento: também o casamento é um Mitsvah (mandamento) em resposta à palavra de D'us: "Não é bom que o homem
esteja só" (Gênesis 2,18). Os noivos são colocados sob um dossel, símbolo
de seu lar. Depois da leitura do ato de casamento, recitam-se as sete bençãos
nupciais. Depois o esposo quebra um copo, no qual bebeu com a esposa, lembrando
a destruição do Templo.
A morte: porque D'us é o Senhor da vida e da morte, é com uma benção que se
anuncia o falecimento: "Bendito seja o Juiz da
Verdade!". Diante do túmulo, recita-se o Kaddish, trecho em que se proclama a
santidade do Nome de D'us. A partir daí, observa-se uma semana de luto fechado.
Para a primeira refeição depois do sepultamento, deve-se preparar para os
parentes de luto um ovo cozido. O ovo é o símbolo da vida: é redondo, não tem
portanto um ponto inicial ou final, assim como a vida que, depois da morte da
pessoa, continua e deve continuar através de seus descendentes. Isso lembra aos
que ficaram que a morte, mesmo com o maior respeito e com a lembrança do
falecido, não deve representar um momento de ruptura e de desespero total,
porque a vida continua neste mundo e na eternidade.
2 - As manifestações religiosas
cotidianas
A liturgia cotidiana do judeu compreende três
orações: a da noite, a da manhã e a da tarde. O objetivo da oração é renovar a
fé com um ato que confirma a identidade judaica e a esperança em D'us.
A oração pode ser feita em particular ou em público. Entre as manifestações religiosas inclui-se o sábado, o dia mais santo da semana e dedicado a D'us e à família. Observar o sábado é recordar-se, de semana em semana, que o mundo pertence a D'us. com seu trabalho, o homem é um administrador do mundo, não seu proprietário, assim, ao menos uma vez por semana, ele deve voltar seu pensamento exclusivamente a D'us.
A alegria deve transparecer em seu rosto, porque o judeu está seguro com D'us, com a fidelidade Deste à Aliança.
A oração pode ser feita em particular ou em público. Entre as manifestações religiosas inclui-se o sábado, o dia mais santo da semana e dedicado a D'us e à família. Observar o sábado é recordar-se, de semana em semana, que o mundo pertence a D'us. com seu trabalho, o homem é um administrador do mundo, não seu proprietário, assim, ao menos uma vez por semana, ele deve voltar seu pensamento exclusivamente a D'us.
A alegria deve transparecer em seu rosto, porque o judeu está seguro com D'us, com a fidelidade Deste à Aliança.
3- Os eventos anuais
As festas judaicas acontecem no ritmo das estações,
principalmente na primavera e no outono, porque seu valor é histórico e
agrícola, além de religioso. Seu início é sempre ao entardecer porque, no livro
do Gênesis está escrito que, ao final de cada dia da criação, "foi noite e
foi manhã", e a noite foi nomeada antes da manhã. A grosso modo, pode-se
dividir as festas em três grupos, sendo os dois primeiros de origem bíblica e o
terceiro de origem rabínica.
a) As três festas de peregrinação
A história judaica é singular: Abraão é o fundador
da estirpe, mas até o momento em que José chama seus irmãos e seu pai para o
Egito, no tempo da carestia, trata-se apenas de uma família. O povo forma -se,
portanto, no Egito, na escravidão, unido apenas pela fé em um D'us único e pela
esperança de um retorno à terra de Canaã.
Quando Deus, com milagres e prodígios - entre eles as dez pragas que atingem o Egito e a abertura do Mar Vermelho - conduz seu povo para longe da terra da escravidão (e é a festa de Pessach, Páscoa), vemos esse mesmo povo finalmente livre, mas ainda sem uma terra e sem leis.
As leis - os 10 mandamentos e a Torá - serão entregues a Moisés durante a permanência do povo no deserto: esse evento é comemorado na festa de Shavuot (Pentecostes), ou festas das semanas, que se celebra sete semanas após Pessach. É muito significativo que a conquista da liberdade coincida com a entrega da Lei. Não existe, realmente, liberdade sem uma lei que impeça que essa se transforme em prepotência e arbítrio.
Os judeus que saíram do Egito deverão peregrinar por 40 anos no deserto, vivendo em tendas, antes de chegar à Terra Prometida, para que o povo esteja pronto e amadurecido para entrar na posse de uma terra na qual possa aplicar as leis. Esse é o significado da Festa das Tendas (Sukkot). Hoje se constroem tendas com o teto coberto de grandes folhas, colocadas de modo que se possa ver o céu, para que o judeu não se esqueça nunca da presença de D'us junto dele. Na sinagoga, lê-se o Hallel, grupo de salmos de louvor e de agradecimento, e agita-se o lulav, um pequeno ramalhete composto de ramos de palmeira, chorão e murta, tendo em mão também um fruto do cedro.
As festas de Pesach, de Shavuot e de Sukkoth estão ligadas entre si pelo fio comum da história de um dos períodos mais importantes da vida do povo judeu. Têm, portanto, um lado religioso e nacional, mas também, um agrícola porque correspondem aos três períodos do ano: primavera (Pesach), verão (Shavuot, festa das primícias) e outono (Sukkoth, festa da colheita). Como os frutos da terra são o resultado da operosidade do homem, mas devem-se, sobretudo, à benevolência divina que cobre os homens com os seus dons, era dever, nessas três festas, ir ao Templo de Jerusalém e, no Shavuot oferecer as primícias.
Quando Deus, com milagres e prodígios - entre eles as dez pragas que atingem o Egito e a abertura do Mar Vermelho - conduz seu povo para longe da terra da escravidão (e é a festa de Pessach, Páscoa), vemos esse mesmo povo finalmente livre, mas ainda sem uma terra e sem leis.
As leis - os 10 mandamentos e a Torá - serão entregues a Moisés durante a permanência do povo no deserto: esse evento é comemorado na festa de Shavuot (Pentecostes), ou festas das semanas, que se celebra sete semanas após Pessach. É muito significativo que a conquista da liberdade coincida com a entrega da Lei. Não existe, realmente, liberdade sem uma lei que impeça que essa se transforme em prepotência e arbítrio.
Os judeus que saíram do Egito deverão peregrinar por 40 anos no deserto, vivendo em tendas, antes de chegar à Terra Prometida, para que o povo esteja pronto e amadurecido para entrar na posse de uma terra na qual possa aplicar as leis. Esse é o significado da Festa das Tendas (Sukkot). Hoje se constroem tendas com o teto coberto de grandes folhas, colocadas de modo que se possa ver o céu, para que o judeu não se esqueça nunca da presença de D'us junto dele. Na sinagoga, lê-se o Hallel, grupo de salmos de louvor e de agradecimento, e agita-se o lulav, um pequeno ramalhete composto de ramos de palmeira, chorão e murta, tendo em mão também um fruto do cedro.
As festas de Pesach, de Shavuot e de Sukkoth estão ligadas entre si pelo fio comum da história de um dos períodos mais importantes da vida do povo judeu. Têm, portanto, um lado religioso e nacional, mas também, um agrícola porque correspondem aos três períodos do ano: primavera (Pesach), verão (Shavuot, festa das primícias) e outono (Sukkoth, festa da colheita). Como os frutos da terra são o resultado da operosidade do homem, mas devem-se, sobretudo, à benevolência divina que cobre os homens com os seus dons, era dever, nessas três festas, ir ao Templo de Jerusalém e, no Shavuot oferecer as primícias.
b) As festas solenes
Início do ano judaico (Rosh HaShaná). É a primeira festa do ano, celebrada no outono. Lembra
o momento em que teve início a criação do mundo. Nesse dia, cada um é convidado
a refletir sobre o ano transcorrido e deixar o pecado para voltar-se a D'us,
Criador, Juiz, mas, sobretudo Pai, que acolhe que faz Teshuvah, isto é, o retorno a ele. Na sinagoga, prevalece a cor branca, símbolo
da penitência e da pureza. Toca-se o shofar (chifre de carneiro) repetidas vezes para incitar ao arrependimento.
Nesses dias, D'us julga as ações feitas por todos as criaturas no ano passado
e decide, por conseguinte, seu destino para o ano que vem. Mas, nos dez dias de
penitência, que vão do Ano Novo ao Kippur, o arrependimento do homem pode
modificar a sentença do divino Juiz.
Expiação (Kippur). Dez dias após o Ano Novo, é o dia do Kippur. A liturgia da sinagoga, que dura todo o dia, contém a repetida
confissão dos pecados, as súplicas para obter a misericórdia de D'us e a
narrativa poética dos ritos que o Sumo Sacerdote celebrava no templo nesse dia.
Durante 25 horas, observa-se um rigoroso jejum.
A confissão, que enumera praticamente todos os pecados que o homem pode cometer do homicídio ao furto, à calúnia, à traição, tem sobretudo o objetivo de chamar novamente o povo judeu ao senso de responsabilidade para com a sociedade em que vive. Isso não significa que cada indivíduo tenha cometido tais e tantos erros, mas se no mundo são cometidos pecados de tamanha quantidade, é porque não são aplicadas a justiça, a compreensão, a ajuda mútua que impediriam o estabelecimento de situações de desespero e de sofrimento tão trágicas que conduzem ao pecado.
A confissão, que enumera praticamente todos os pecados que o homem pode cometer do homicídio ao furto, à calúnia, à traição, tem sobretudo o objetivo de chamar novamente o povo judeu ao senso de responsabilidade para com a sociedade em que vive. Isso não significa que cada indivíduo tenha cometido tais e tantos erros, mas se no mundo são cometidos pecados de tamanha quantidade, é porque não são aplicadas a justiça, a compreensão, a ajuda mútua que impediriam o estabelecimento de situações de desespero e de sofrimento tão trágicas que conduzem ao pecado.
c) As festas menores
Festa das luzes ou da dedicação (Chanukkah). É celebrada em dezembro e recorda a purificação do
templo de Jerusalém, depois da vitória dos Macabeus sobre os gregos (séc.II
a.C).
Festa das sortes (Purim). É celebrada entre fevereiro e março e lembra a salvação
do povo judeu que, morando quase inteiro no império persa, foi atingido por um
édito de morte emitido pelo rei. Nessa festa, presta-se homenagem às figuras de
Ester e Mardoqueu que salvaram o povo.
A oração para o judeu
Oração particular
Quando o judeu reza, mantém a cabeça coberta e se
reveste com um xale de oração (tallit), que tem muitas franjas nos
quatro ângulos (símbolo dos 613 preceitos que devem ser observa-dos). No braço
direito e na testa traz os filactérios, pequenas caixas de
pergaminho nas quais são enfiados rolinhos sobre os quais estão escritos
trechos importantes da Bíblia.
Oração pública
A oração pública ocorre na sinagoga. Os ofícios são
presididos pelo rabino, mestre encarrega-do do ensino e da pregação, e
dirigidos pelo ministro oficiante (hazan). Nem um nem outro têm caráter
sacerdotal: o primeiro detém uma autoridade magisterial e jurídica, enquanto
que o segundo pode ser qualquer judeu com mais de 13 anos, que saiba ler
corretamente o hebraico e que seja, possivelmente, afinado.
Para que se possa realizar a oração pública é necessário a presença de no mínimo dez homens religiosamente adultos. O ofício tem três pontos básicos: o "Shema Israel" (literalmente: "Escuta, Israel!", início da oração fundamental do judaísmo: "Escuta, Israel, o Senhor nosso D'us, o Senhor é único"), a prece das dezoito bençãos e a leitura da Torah.
Para que se possa realizar a oração pública é necessário a presença de no mínimo dez homens religiosamente adultos. O ofício tem três pontos básicos: o "Shema Israel" (literalmente: "Escuta, Israel!", início da oração fundamental do judaísmo: "Escuta, Israel, o Senhor nosso D'us, o Senhor é único"), a prece das dezoito bençãos e a leitura da Torah.
Sábado (Shabbath)
Há dois conceitos para o sábado: o repouso e a
união mística familiar. No sábado é proibido realizar qualquer tipo de trabalho
e acender o fogo: a comida, portanto, deve ser preparado no dia anterior, antes
do pôr do sol, para que as mulheres possam aproveitar a festa.
A celebração do sábado reveste-se de um caráter de santidade particular: os místicos consideram-no uma experiência messiânica e uma representação na terra do Reino de D'us, portanto, deve ser celebrado com solenidade e com espírito alegre. Apesar de repetir-se a cada semana, é considerado o evento mais importante do calendário judaico.
Na sexta-feira, uma hora antes de cair o sol, a mãe de família acende duas Luzes, uma do sábado, recitando a benção correspondente. A luz representa a Shekinah, a presença divina que ilumina, no dia santo, a casa do judeu. Depois da função na sinagoga, toda a família se reúne ao redor da mesa de jantar, cuidadosamente preparada, sobre a qual são colocados dois hallot (pães especialmente preparados pela mãe, lembrando o fato de que, no deserto, na sexta-feira, recolhia-se uma dupla porção de maná para não o fazer no sábado) e o copo de prata para a cerimônia de consagração com o vinho do sábado (Kiddush). O pai recita o Kiddush e a benção do pão, antes de começar o jantar.
A celebração do sábado reveste-se de um caráter de santidade particular: os místicos consideram-no uma experiência messiânica e uma representação na terra do Reino de D'us, portanto, deve ser celebrado com solenidade e com espírito alegre. Apesar de repetir-se a cada semana, é considerado o evento mais importante do calendário judaico.
Na sexta-feira, uma hora antes de cair o sol, a mãe de família acende duas Luzes, uma do sábado, recitando a benção correspondente. A luz representa a Shekinah, a presença divina que ilumina, no dia santo, a casa do judeu. Depois da função na sinagoga, toda a família se reúne ao redor da mesa de jantar, cuidadosamente preparada, sobre a qual são colocados dois hallot (pães especialmente preparados pela mãe, lembrando o fato de que, no deserto, na sexta-feira, recolhia-se uma dupla porção de maná para não o fazer no sábado) e o copo de prata para a cerimônia de consagração com o vinho do sábado (Kiddush). O pai recita o Kiddush e a benção do pão, antes de começar o jantar.
Páscoa (Pesach)
Inicia-se no dia 15 de nissan (março-abril) e dura 7 dias em Israel e
8 na diáspora. É, para os judeus, uma data especialmente significativa: marca
seu nascimento como povo livre, depois da escravidão do Egito. É uma data de
tanta importância que todo judeu, durante a festa, "revive" a saída
do Egito como se ele mesmo tivesse sido libertado.
Durante todo o período é proibido alimentar-se com alimentos fermentados, não apenas por-que na época da saída do Egito, devido à pressa, as mulheres não tinham tempo de deixar o pão crescer, mas também como ensinamento dirigido ao povo que, no momento do seu encontro com a liberdade, deve esquecer todas as mágoas que "fermentam" no seu coração. A mulher judia, durante o período que antecede a festa, elimina, com cuidadosa limpeza, todos os resíduos de alimento fermentado. Nos dias de Pessach, os judeus, no lugar do pão, comem os "ázimos" , espécie de mistura de água e farinha.
Na primeira noite de festa, toda a família se reúne para celebrar o Seder. A palavra significa "ordem" porque toda a cerimônia segue um ritual preestabelecido. Sobre a mesa é posto um cesto que contém três pães ázimos, representando o povo de Israel; uma perna de cordeiro, recordando o fato de que o anjo da morte, que matou os primogênitos dos egípcios, "passou além" (e esse é o significado da palavra Pessach) das casas dos judeus; ervas amargas, lembrando a amargura da escravidão; o Haroseth, feita de frutas que lembra, pelo seu aspecto, a argamassa que os judeus escravos deviam preparar para as construções do faraó; enfim, salsão e ovos cozidos. Esses últimos devem ser comidos especialmente pelos primogênitos homens, em sinal de luto pela morte dos primogênitos egípcios.
Depois é lida a Haggadah (conto), que narra os milagres e os prodígios que D'us realizou, para tirar os judeus do Egito. Finalmente, come-se a ceia, procedida e seguida pelo Hallel (Salmos 113-118), cantos de louvor e de santificação a D'us. Tudo termina com hinos e canta-dos por todos os comensais.
O Seder termina com as palavras: "Hoje aqui, escravos, no ano próximo, em Jerusalém, livres", para evidenciar o laço que uniu o povo a sua terra, durante os longos anos da diáspora. Uma característica do Seder é o seu aspecto didático. De fato, toda a cerimônia representa um ensino dirigido aos mais jovens que, segundo o ritual, fazem algumas perguntas aos adultos que, ao responder, expõem a história do nascimento do povo e o valor da sua cultura.
Durante todo o período é proibido alimentar-se com alimentos fermentados, não apenas por-que na época da saída do Egito, devido à pressa, as mulheres não tinham tempo de deixar o pão crescer, mas também como ensinamento dirigido ao povo que, no momento do seu encontro com a liberdade, deve esquecer todas as mágoas que "fermentam" no seu coração. A mulher judia, durante o período que antecede a festa, elimina, com cuidadosa limpeza, todos os resíduos de alimento fermentado. Nos dias de Pessach, os judeus, no lugar do pão, comem os "ázimos" , espécie de mistura de água e farinha.
Na primeira noite de festa, toda a família se reúne para celebrar o Seder. A palavra significa "ordem" porque toda a cerimônia segue um ritual preestabelecido. Sobre a mesa é posto um cesto que contém três pães ázimos, representando o povo de Israel; uma perna de cordeiro, recordando o fato de que o anjo da morte, que matou os primogênitos dos egípcios, "passou além" (e esse é o significado da palavra Pessach) das casas dos judeus; ervas amargas, lembrando a amargura da escravidão; o Haroseth, feita de frutas que lembra, pelo seu aspecto, a argamassa que os judeus escravos deviam preparar para as construções do faraó; enfim, salsão e ovos cozidos. Esses últimos devem ser comidos especialmente pelos primogênitos homens, em sinal de luto pela morte dos primogênitos egípcios.
Depois é lida a Haggadah (conto), que narra os milagres e os prodígios que D'us realizou, para tirar os judeus do Egito. Finalmente, come-se a ceia, procedida e seguida pelo Hallel (Salmos 113-118), cantos de louvor e de santificação a D'us. Tudo termina com hinos e canta-dos por todos os comensais.
O Seder termina com as palavras: "Hoje aqui, escravos, no ano próximo, em Jerusalém, livres", para evidenciar o laço que uniu o povo a sua terra, durante os longos anos da diáspora. Uma característica do Seder é o seu aspecto didático. De fato, toda a cerimônia representa um ensino dirigido aos mais jovens que, segundo o ritual, fazem algumas perguntas aos adultos que, ao responder, expõem a história do nascimento do povo e o valor da sua cultura.
Nos Estados Unidos e
nos países do Leste
Atualmente, há no mundo 14 milhões de judeus, distribuídos em 105 países. Examinaremos particularmente a situação do judaísmo
americano e dos Estados formados com a dissolução da União Soviética.
O judaísmo americano
Os judeus dos Estados Unidos são uma das minorias
mais integradas socialmente. A história da imigração judaica nos Estados Unidos
inicia-se em 1652, quando os judeus sefarditas, expulsos da Espanha e
refugiados na Holanda, partiram para o Novo Mundo e precisamente para Nova
York, então colônia holandesa.
No fim do século XVIII, outras comunidades ashkenazim vêm aumentar a pequena comunidade judaica da costa atlântica.
Em 1880, dois milhões de judeus chegam à Rússia e escolhem viver de novo no gueto, falando exclusivamente iídiche, para ambientar-se enquanto não se iniciam na nova sociedade. Das aldeias agrícolas russas veio com esses imigrantes uma tradição e uma fé muito firmes.
No fim do século XVIII, outras comunidades ashkenazim vêm aumentar a pequena comunidade judaica da costa atlântica.
Em 1880, dois milhões de judeus chegam à Rússia e escolhem viver de novo no gueto, falando exclusivamente iídiche, para ambientar-se enquanto não se iniciam na nova sociedade. Das aldeias agrícolas russas veio com esses imigrantes uma tradição e uma fé muito firmes.
Os judeus no Leste
Alguns historiadores dizem que a chegada dos
primeiros judeus às regiões do sul da Rússia remonta aos anos 500 - 400 a.C. É,
porém com Ivan, o terrível (séc.XVI) que se inicia uma seqüência interminável
de pogrom que os leva, até o fim do império zarista, a uma condição social e
política sem esperança. Isso explica a participação nos primeiros movimentos
socialistas (1897: criação do Bund, uma união operária; sionismo socialista) e
sua adesão à Revolução de Outubro. Nos primeiros anos do novo regime,
organizam-se escolas judaicas e publicam-se livros e jornais em iídiche.
Com a época de Stalin, usa-se o anti-semitismo para combater a inteligência revolucionária contrária à linha política do partido e para distrair a atenção de parte das massas a respeito de determinados problemas, insucessos e demoras da revolução comunista.
Após a guerra (1956), parece que se entrevê uma autonomia mais ampla, contudo, as autoridades soviéticas continuam a negar aos judeus o direito de deixar o país e impõem sérias limitações no campo da educação, da cultura e da religião.
Com a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, o nascimento da comunidade dos Estados independentes e a liberação dos vistos de imigração, um grande número de judeus voltou para Israel e muitos retornos ainda são previstos.
Com a época de Stalin, usa-se o anti-semitismo para combater a inteligência revolucionária contrária à linha política do partido e para distrair a atenção de parte das massas a respeito de determinados problemas, insucessos e demoras da revolução comunista.
Após a guerra (1956), parece que se entrevê uma autonomia mais ampla, contudo, as autoridades soviéticas continuam a negar aos judeus o direito de deixar o país e impõem sérias limitações no campo da educação, da cultura e da religião.
Com a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, o nascimento da comunidade dos Estados independentes e a liberação dos vistos de imigração, um grande número de judeus voltou para Israel e muitos retornos ainda são previstos.
Odiados e perseguidos
O ódio pelos judeus é anterior ao cristianismo;
esses, muitas vezes, foram acusados por recusarem a religião e os costumes
pagãos, por odiarem o gênero humano. Quando a religião cristã afirmou-se também
oficialmente, desenvolvendo a partir dos próprios princípios do judaísmo, os
judeus foram considerados como povo rejeitado por D'us e responsáveis pela
morte de Jesus.
Perseguidos por essa infame calúnia, os judeus foram constrangidos a sofrer massacres, expulsões, extorsões, banimentos... Quando ocorria uma epidemia, carestia ou qualquer outra desgraça, os judeus, quase sempre, eram considerados os responsáveis. Outras acusações eram: manobras financeiras e econômicas, profanação da hóstia sagrada e execução de rituais criminosos para celebrar suas festas.
Perseguições e discriminações continuaram até os nossos dias. Ainda que privados de muitas liberdades, oprimidos e desprezados, os judeus conseguiram sobreviver, permanecer unidos e manter a própria identidade. Mesmo na vida do gueto produziram um pensamento místico e filosófico, criaram sua própria literatura, música e várias manifestações em muitos outros campos da arte.
Muitas nações ordenaram a expulsão dos judeus: em 1290, a Inglaterra; em 1384, a França; em 1453, a Áustria; em 1492, a Espanha, etc.
Uma das primeiras leis voltadas pelo novo governo israelense, em 1950, foi a Lei do Retorno, que estabelece que todo judeu que chega a Israel, automaticamente, adquire a cidadania israelense, com todos os direitos.
Perseguidos por essa infame calúnia, os judeus foram constrangidos a sofrer massacres, expulsões, extorsões, banimentos... Quando ocorria uma epidemia, carestia ou qualquer outra desgraça, os judeus, quase sempre, eram considerados os responsáveis. Outras acusações eram: manobras financeiras e econômicas, profanação da hóstia sagrada e execução de rituais criminosos para celebrar suas festas.
Perseguições e discriminações continuaram até os nossos dias. Ainda que privados de muitas liberdades, oprimidos e desprezados, os judeus conseguiram sobreviver, permanecer unidos e manter a própria identidade. Mesmo na vida do gueto produziram um pensamento místico e filosófico, criaram sua própria literatura, música e várias manifestações em muitos outros campos da arte.
Muitas nações ordenaram a expulsão dos judeus: em 1290, a Inglaterra; em 1384, a França; em 1453, a Áustria; em 1492, a Espanha, etc.
Uma das primeiras leis voltadas pelo novo governo israelense, em 1950, foi a Lei do Retorno, que estabelece que todo judeu que chega a Israel, automaticamente, adquire a cidadania israelense, com todos os direitos.
Pequeno dicionário judaico
O Templo
Terminada a vida nômade no deserto, durante a qual
a presença de D'us era indicada pela tenda do convênio, Salomão, filho de
Davi, mandou construir, em Jerusalém, um Templo estável. Ali era guardada a
Arca da Aliança, pequena caixa que continha as Tábuas da Lei entregues a
Moisés.
A Torah
Os escribas judeus dividiram a Bíblia judaica (para
os cristãos, Antigo Testamento) em três grupos:
a) cinco livros da lei (Torah, isto é, guia, ensinamento) ou de
Moisés, formando o Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio);
b) os profetas (neviim) subdivididos em "profetas anteriores" (Josué, Juízes, Samuel e Reis) e "profetas posteriores" (Isaías, Jeremias, Esequiel e o "livro dos doze profetas" menores);
b) os profetas (neviim) subdivididos em "profetas anteriores" (Josué, Juízes, Samuel e Reis) e "profetas posteriores" (Isaías, Jeremias, Esequiel e o "livro dos doze profetas" menores);
c) os escritos (Ketubim) dos quais fazem parte os livros dos Salmos, Jó,
Provérbios e "cinco volumes festivos", lidos em diferentes
festividades (cântico dos cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester),
como também os livros de Daniel, Esdras e Crônicas.
A Torá é o livro sagrado, é palavra de D'us; as outras duas partes são um complemento. Essa compreende a história da criação do mundo e do nascimento do povo judeu, mas, sobretudo as leis, práticas ou morais, que todo o povo deve seguir para ser digno da missão: as leis morais devem ser difundidas e ensinadas a toda a humanidade.
A Torá é o livro sagrado, é palavra de D'us; as outras duas partes são um complemento. Essa compreende a história da criação do mundo e do nascimento do povo judeu, mas, sobretudo as leis, práticas ou morais, que todo o povo deve seguir para ser digno da missão: as leis morais devem ser difundidas e ensinadas a toda a humanidade.
Os profetas
Os profetas marcam uma etapa determinante e
extraordinariamente significativa na vida do povo de Israel e da humanidade e
representam um fenômeno único na história do mundo.
Todos os povos tiveram seus profetas, seus literatos; Israel teve profetas que, inspirados diretamente por D'us, não só deixaram páginas de grande beleza literária, mas vivificaram e reforçaram a mensagem que D'us havia dado ao seu povo e a todos os povos, chamando todos a um comportamento melhor. As palavras dos profetas são dirigidas ao povo judeu, mas têm um caráter universal. De nenhum modo, podemos comparar as "previsões" dos profetas às dos magos e taumaturgos de qualquer época. O profeta é, na verdade, aquele que "prevê" as conseqüências de um determinado comportamento e que não teme dizer a sua reprovação aos reis e poderosos.
Todos os povos tiveram seus profetas, seus literatos; Israel teve profetas que, inspirados diretamente por D'us, não só deixaram páginas de grande beleza literária, mas vivificaram e reforçaram a mensagem que D'us havia dado ao seu povo e a todos os povos, chamando todos a um comportamento melhor. As palavras dos profetas são dirigidas ao povo judeu, mas têm um caráter universal. De nenhum modo, podemos comparar as "previsões" dos profetas às dos magos e taumaturgos de qualquer época. O profeta é, na verdade, aquele que "prevê" as conseqüências de um determinado comportamento e que não teme dizer a sua reprovação aos reis e poderosos.
A sinagoga
A sinagoga é a instituição mais importante da vida
religiosa e civil judaica. Em hebraico chama-se beith ha kenesset (casa de reunião). Nasce durante o
exílio babilônico e é o lugar onde os judeus se reúnem para estudar, rezar e
estar juntos. A estrutura arquitetônica é particular. O exterior reflete,
geralmente, a situação do judaísmo em relação às outras religiões locais (há
uma tendência a fazer o edifício muito semelhante às casas circundantes); o
interior é retangular e caracterizado pela ausência completa de representações
humanas e pela presença de um lugar reservado só às mulheres.
- Sefarditas: judeus provenientes de países latinos e dos
territórios do império otomano para onde se dirigiam após a expulsão da
Espanha. Muitos deles falam um dialeto de origem espanhola, o ladino, uma
mistura de hebraico e espanhol.
- Ashkenazim: nome dado aos judeus do Norte e do Leste
europeu, que têm como língua o iídiche, cuja base é o alto-alemão do séc.
XIV, acrescido de elementos hebraicos e eslavos.
A língua hebraica
A partir de 1948, a nova nação israelense era
composta por gente vinda de mais de cem países diferentes. Um dos primeiros
problemas que o Movimento Sionista teve que enfrentar foi o da língua.
Descartou-se a hipótese inicial de adotar o inglês ou uma das línguas mais
difundidas entre os imigrantes (o alemão, por exemplo) e decidiu-se, também com
o apoio de escritores e pessoas que acreditavam na vitalidade da cultura
judaica, fazer renascer a língua das Escrituras e da tradição. Contudo, havia a
dificuldade de aprender a língua por parte dos imigrantes. Para facilitar o
aprendizado, o governo instituiu escolas especiais em que se pode aprender ao
me-nos os rudimentos da nova língua. Hoje, o hebraico é a língua oficial do
Estado, falado por mais de 90% dos judeus israelenses.
Os judeus no mundo
Segundo as estimativas de 1991, há cerca de 14
milhões de judeus em todo mundo assim divididos:
- Israel: 3.717.000
- América: 6.278.000, estando 64% destes nos
E.U.A
- Europa: 2.307.000, sendo que 500 mil estão na
França
Tentando sistematizar as crenças judaicas,
o teólogo e filósofo Maimônides, no século XII, estabeleceu uma lista com treze
"artigos de fé":
1.
D'us é o Criador e o Senhor das criaturas.
2.
Ele é Único.
3.
Ele é incorpóreo.
4.
Ele é primeiro e último.
5.
É só a ele que as orações devem ser dirigidas.
6.
As palavras dos profetas são verdadeiras.
7.
O ensinamento de Moisés é verídico; ele é o maior
dos profetas.
8.
A Torá, tal como a possuímos, é exatamente aquela
que foi revelada a Moisés.
9.
Essa Torá não será mudada, não haverá uma nova
Torá.
10. D'us conhece todas as
ações dos homens e todos os seus pensamentos.
11. D'us recompensa
aqueles que observam seus preceitos e pune aqueles que os transgridem.
12. "Creio, com uma
fé perfeita, na vinda do Messias, e, ainda que ele tarde, espero sua vinda a
cada dia."
13. "Creio na
ressurreição dos mortos, no dia em que o Criador assim o desejar."
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Lista das 613 Mitzvot
Abaixo
estão as 613 mitzvot. Para cada mitzvah é citada uma ou mais passagem/ns
bíblicas. Para mitzvot que podem ser cumpridos hoje, há uma citação também do
Chametz Chaim (livro das mitzvot) no qual CCA se refere às mitzvot afirmativas,
CCN às negativas e CCI às que só podem ser aplicadas em Israel. Mitzvot que não
podem ser observadas hoje se relacionam com o Templo, seus sacrifícios e
serviços porque o Templo não mais existe, e os procedimentos criminais porque o
governo teocrático não mais existe. Se as passagens bíblicas não forem encontradas, leia o versículos anteriores e os seguintes. A disposição dos versículos na Bíblia judaica nem sempre é idêntica à da cristã.
D-us
- Saber que D-us (HaShem) existe (Ex. 20:2; Deut. 5:6) (CCA1).
- Não se interter com a idéia de
que possa haver qualquer outro deus além de HaShem (Ex. 20:3) (CCN8).
- Não blasfeme (Ex. 22:27; nos
textos cristãos, Ex. 22:28), a penalidade é a morte (Lev. 24:16)
(negative).
- Ter como santo o nome de HaShem
(Lev. 22:32) (CCA5).
- Não profane o nome de HaShem
(Lev. 22:32) (CCN155).
- Saber que HaShem é Um, uma
completa Unidade (Deut. 6:4) (CCA2).
- Ame a HaShem (Deut. 6:5) (CCA3).
- Tema a HaShem reverentemente
(Deut. 6:13; 10:20) (CCA4).
- Não coloque a palavra de HaShem
em teste (Deut. 6:16) (negative). Confie nEle.
- Imite os caminhos de HaShem (Sua
maneira é indiscutivelmente a correta). (Deut. 28:9) (CCA6).
Torah
- Honre o velho e o sábio (Lev.
19:32) (CCA17).
- Aprenda a Torah e ensine-a
(Deut. 6:7) (CCA14).
- Ajunte-se àqueles que conhecem a
HaShem (Deut. 10:20) (O Talmud
diz que se juntando para estudar a Torah é equivalente a se juntar a Ele)
(CCA16).
- Não adicione nada às mitzvot da
Torah (Deut. 13:1) (CCN159).
- Não tire nada das mitzvot da
Torah (Deut. 13:1) (CCN160).
- Cada pessoa deve escrever um rolo da Torah para si mesmo (Deut. 31:19) (CCA15).
Assinar:
Postagens (Atom)