Midrash Rabá / Midrashim
Midrash Rabá, também transliterado como Midraxe Rabá, é o termo que designa parte ou todo o conjunto de midrashim agádicos dos livros Tanach. Geralmente apresentam o termo "Rabá" que significa "grande", como parte do seu nome. Durante a época da elaboração e compilação do Talmud( Séculos I aVd.C.) e séculos posteriores a produção de midrashim foi intensa, sendo que até hoja existe produção de midrash. Uma compilação do séculoV, entretanto, se propôs a reunir as que existiam até então, focando-se especificamente sobre os cinco livros da Torá. Tal compilação conhecida como Midrash Rabá vem sendo constantemente reeditada durante os séculos, possuindo Ela mais de uma dezena de volumes...
Midrash Rabá, também transliterado como Midraxe Rabá, é o termo que designa parte ou todo o conjunto de midrashim agádicos dos livros do Tanach. Geralmente apresentam o termo "Rabá" (רבה), que significa "grande", como parte do seu nome. Durante a época da elaboração e compilação do Talmude (século I a V d.C.) e séculos posteriores a produção de midrashim foi intensa, sendo que até hoje existe produção de midrash . Uma compilação do século V, entretanto se propôs a reunir as que existiam até então, focando-se especificamente sobre os cinco livros da Torá. Tal compilação conhecida por Midrash Rabá vem sendo constantemente reeditada durante os séculos, possuindo ela mais de uma dezena de volumes. Esta é uma compilação de diversos relatos, citados por diversos rabinos, de midrashim que já existia
entretanto ela é formada no que seria definido de midrash expositivo, já que segue uma ordem dos assuntos tratados igual à ordem que as passagens se encontram na Torá, tendo assim o objetivo de perpassar por toda a Torá. Nesta compilação, dentro da parte referente ao Bereshit Rabá (Livro do Gênese) há uma série de midrashim sobre a maior variedade de temas possíveis, todas partindo do texto da Torá, reinterpretando os espaços vazios. O Midrash Rabá, entretanto, não se caracteriza por uma ampla utilização de elementos lendários ou místicos. Por ser a primeira grande coletânea de midrashim ele possui certo cuidado ao entrar com interpretações que pudessem parecer por demais míticas ou muito diversas da interpretação tradicional. Os midrashim medievais, especialmente os que ocorrem durante a época das cruzadas, são muito mais ricos em elementos narrativos míticos e lendários, mostrando que realmente a mesma história ao ser reinterpretada no decorrer dos anos se enriquece de elementos narrativos e ganha mais liberdade.
A um desavisado que fosse pegar o Midrash Rabá para ler se sentiria bem no meio de uma discussão rabínica, já que, a todo momento, existe a citação dum rabino, muitas vezes remontado ao que teria ouvido de seu mestre, fazendo com que o texto seja repleto de uma dinâmica oral. Não existe, ao menos aparentemente um autor central, mas sim uma compilação de diversas opiniões sobre um mesmo verso.
O termo hebraico Midrash (em hebraico: מדרש; plural midrashim, "história" de "investigar" ou "estudo") é um método homilético da exegese bíblica. O termo também se refere à compilação integral dos ensinamentos homiléticos sobre a Bíblia.
O Midrash é uma maneira de interpretar histórias bíblicas que vai além de simples destilação de ensinamento religioso, legal ou moral. Ele preenche muitas lacunas deixadas na narrativa bíblica sobre eventos e personalidades que são apenas insinuados.
Os Midrash halachá são as obras em que as fontes no Tanach (Bíblia Hebraica) das leis tradicionalmente recebidas são identificadas. Estes Midrashim geralmente são anteriores à Mishná. O Midrash que liga um verso para um halachá, muitas vezes, funciona como uma prova da autenticidade de uma lei. Uma elucidação correta da Torá traz consigo o apoio da halachá, e muitas vezes a razão para a existência da regra (embora muitas leis rabínicas não tenham fonte bíblica direta). O termo é aplicado também para a derivação de novas leis, seja por meio de uma interpretação correta do significado óbvio das palavras bíblicas em si ou pela aplicação de certas regras de hermenêutica.
Origens
Foi uma forma narrativa criada por volta do século I a.e.c em Israel pelo povo judeu. Esta forma narrativa desenvolveu-se através da tradição oral (ver Talmud) até ter a sua primeira compilação apenas por volta do ano 500 e.c. no livro Midrash Rabbah. Segundo a tradição oral judaica D'us teria revelado a Moisés não somente as leis de seu povo Torá mas também uma série de conhecimentos complementares que deveriam ser passados de pai para filho, o que eles chamavam de Torá Oral. A figura utilizada para esta descrição é que Deus teria escrito a Torá em fogo negro sobre o fogo branco. Enquanto as letras são precisas e escritas no fogo negro, formando a Torá, o "papel" usado para esse escrito, o fogo branco, era a tradição oral. A palavra Midrash vem da junção de duas palavras hebraicas "Mi" que significa "quem" e "Darash" que significa "pergunta". O plural de midrash não é midrashes e sim midrashim segundo a língua hebraica.
Até os dias de hoje ainda existe produção de midrash em diversas sinagogas, entretanto eles não são considerados como tais pela maior parte dos religiosos hebreus. A Idade Média, por seu caráter de perseguição e anti-semitismo foi a época mais propícia ao aparecimento desta literatura, normalmente com um caráter messiânico, esperando a redenção através da vida de um grande "escolhido" - Messias - para que a perseguição acabasse.
O texto tem caráter pluriautoral e não linear, se assemelhando um pouco a uma conversa informal com diversos rabinos, mas na realidade os compiladores é que davam vida em seu texto a diversos personagens das épocas mais distintas. ('fonte de complementação Wikipédia").